quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Da Saudade...

  
Tenho prometido a mim mesma nunca reclamar de saudade, ainda que a sinta, de alguem que está, ao menos, na mesma cidade que eu. Esta saudade é completamente boba e quase absurda, uma vez que se pode pegar um ônibus/ metrô e acabar com ela.
  Aprendi, nesses estranhos 20 dias, que saudade mesmo é aquela que você não pode matar. A saudade da despedida de alguém que se foi desta vida, com certeza, é a pior. Em seguida penso eu, vem aquela que você não pode matar porque simplesmente não pode transpor sempre que desejar os obstáculos que a causam. Por exemplo quase 11 mil km ou se preferir um oceano e um continente. Claro, a menos que você seja um bilionário e possa viajar todo mês.
  O complicado dessa saudade é que ela faz você perceber quão forte e quão fraco pode ser. Se sentindo perdido por mil motivos e ao mesmo tempo continuar seguindo simplesmente porque você sabe que não pode se deitar e esperar o tempo passar, até por que algumas pessoas acabariam esperando para sempre.
  E então vemos que sentimos saudade de coisas lógicas e de coisas que, bem, não sabemos bem porque sentimos certas saudades. Mas a saudade não é algo lógico, então pode ser perdoado. Desde que não deixe que ela seja mais que simplesmente saudade, chega até a ser saudável. Algumas pessoas aprendem a valorizar outras através da saudade. Outras ficam mais fortes e há aquelas que ficam loucas. Estas ultimas não souberam dar a devida importância a sua saudade.
  Se essa saudade sobe à cabeça, como a fama, ela se torna um perigo, uma arma contra você mesmo. Isso não é bom, certo?
  Bom, independente disto... As coisas continuam, os dias passam e a vida segue. Tudo segue, você segue e não, realmente, por que parar. No entanto, a questão da saudade sempre o incomodará porque quando você sente saudade, também quer que sintam saudade de você. Mas ai estamos falando de egoismo... Bom, saudade talvez seja também um pouco de egoismo, não sei.
  Ela é boa, no limite. Porque às vezes ela pode ser tanta... Que transborda não só dos olhos... invade tudo e então parece que você sente saudade de tudo de todos. Das coisas que nem te faziam falta, das coisas que nunca teve. E isso, é quase suicídio.
  Saudade não é pra ser suicídio, só saudade. Ela deveria vir acompanhada de pensamentos quase que positivos, lembrado-o de que vai logo passar ou de que a vida não pode parar porque que lhe faz sentir saudade não aprovaria isso.
  Então... Seja lá como for que encare a saudade, não a deixe fazê-lo refém. Só deixe que seja o que é... Saudade.