domingo, 1 de junho de 2014

Coisas que nem sabemos

É tanta coisa que a gente nem sabe de onde vem.
Um medo, uma vontade de mudar... Mas mudar o que?
Grifar defeitos, revisar as piores partes, desistir quando a soma não bate.
O medo de ter medo de errar. Errar é uma forma a mais de como não fazer.
O medo ajuda a protejer, zelar.
Em excesso são bagunça, desventura, impedem de continuar.
Se em meio a baguça que se vê puder ter um ponto de paz, uma luz de certeza, algo a vibrar, não deixe escapar.
Quando é errado a gente sabe. Quando fingimos ser a mente conturba, os sentidos confundem, nada tem muito sentido e você esquece como continuar.
A se aventurar nas cores, errar os tons, recontar os passos, ensaiar a melodia, revisar, reforçar, planejar, uma, duas, tantas vezes.
A vida é um grande tenta e refaz pra não deixar que, por descuido, o importante se vá.
Abra os olhos, pare um tempo, reflita. Mas não tudo de uma vez, acumular atrapalha.
Vá e venha, use o tempo a seu favor.
Nos dias de sol coloque as mágoas molhadas para secar.
Nos dias de chuva, aprenda a cultivar o calor do amor.
Perdoe, limpe os vãos de você mesmo.
Sorria, plante o seu melhor nos vãos do outro.
E quando as magoas secarem, recolha tudo aquilo e jogue fora. Magoa guardada molha de novo e a gente nem vê.
Quando a chuva passar leve o amor para passear, é assim que ele aquece no frio.
Cuidar de você, do outro, de ambos, de todos.
Sorria e acene quando não puder falar. Observe, observe, observe a si mesmo. Veja seus defeitos e receios, trabalhe em si.
Escute, escute eles, escute o mundo e aprenda a juntar tudo. A melhorar tudo.
Siga leve sempre que puder e se a bagagem pesar, pare. Revise o que leva, use o tempo em seu benefício.
É tanta coisa, sempre, que a gente nem sabe de onde vem. Leve somente aquilo que souber o que é.

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